sábado, 30 de abril de 2011

Parabéns bonita nómada

É como te nomeio hoje em dia
e igualo-te a uma caixinha de surpresas,
onde guardas da vida as experiências
que te fazem esquecer as tristezas.

Independente como ninguém,
autónoma e destemida,
determinada a aproveitar
tudo o que há de bom na vida.

Mas onde estão as tuas raízes?
Sinto que sempre as tiveste definidas,
mas como consegues tão facilmente
enfrentar novamente as despedidas?

Não será tempo de te reencontrares?
A ausência de rumo causa-me aflição
mas porque temos feitios diferentes
e porque te tenho no coração.

Desde tempos por nós passados
numa infância jamais esquecida,
porque algo superior permitiu
que entrasses na minha vida.

Não julgues que a distância afasta
porque se sente mesmo não estando perto
e embora lutando contra o comodismo
encontrar-te-ia perdida num deserto.

Gostava de voltar a partilhar o dia-a-dia,
de viver aventuras de solo a solo,
mas mesmo que não passe apenas de um querer
não prescindo e conto com o teu colo.

Podem passar anos sem te ver
que não deixo de sentir o teu abraço,
adoro receber o teu beijinho
e de partilhar contigo o meu espaço.

Podes acreditar que estou sempre aqui
e pressinto quando não te encontras bem
mas a maioria das vezes evito falar
com receio de te deixar do sofrimento refém.

Estou contigo em qualquer decisão
e apoio-te sempre que te sentir confiante
mesmo que seja minha pena
viver tendo-te de mim distante.

Parabéns bonita nómada.
Tu sim consegues na vida voar
mas acredita que terá que haver um dia
em que o corpo vai querer descansar.

Para a "minha" Jo com amizade e amor sempre.

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