domingo, 17 de abril de 2011

Percepção arrasadora

De análises e avaliações emotivas
resultam sonhos de algo inexistente,
tudo é irreal e forçosamente alimentado
pelo sentimento que o coração sente.

Mas não subsiste por este sentir sozinho,
há atitudes dúbias que o fazem bater
de uma forma tão imatura e insegura
que se transmite no facto do corpo tremer.

Exaustão de tempo gasto em leituras,
de certas acções no mínimo estranhas
que banalmente saem de um sentir
que longe está de assumido nas entranhas.

Os passos dados são todos com cautela
e com uma insegurança horripilante,
pois tanto se tem segura a presença
como a posição mais fria e distante.

No entanto acredita-se devido a um querer,
uma vontade tão forte que nos tira a razão.
Altera a forma de agir e a personalidade
e dificilmente se consegue dizer que não.

Aceita-se esta condição inaceitável
e resume-se a felicidade a um nada
tão nulo, sem conteúdo e sentido
que se torna preferível a “cabeçada”.

Esta acaba por chegar não haja dúvida
quando não se espera ou se está desprevenido
mas o desconforto já a procurava
e pedia para a receber com um sentido.

Arrumar as ideias que cá dentro voam,
o cor de rosa de um futuro pretendido
e por muito que isso leve à estaca zero
ao menos fica o sofrimento extinguido.

É sem dúvida uma percepção arrasadora
que nos acorda de uma dormência dos sentidos
mas também nos tira o peso que carregávamos
dos tantos minutos que somaram dias perdidos.

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