quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Não ter coragem para recomeçar é deixar de existir

Figurativo corte do cordão umbilical à nascença
quando o mesmo depois de cortado se mantém intacto
pela imbatível força do amor que nas veias nos corre
mesmo à distância ou com um mínimo contacto.



A areia molhada pintalgada de mínimas pegadas…
era uma ninhada de tartaruguinhas acabadas de nascer
que com determinação e coragem para o mar avançaram
abandonando na areia a mãe que as fez nascer.

Orgulhosa, sofrida vive a mãe tartaruga o adeus
predominando sobre a dor o desejo de os ver bem,
acaba de tapar o ninho onde os encubou
e volta a entrar no mar somente com o título de Mãe.

As centenas de tartaruguinhas seguem o seu caminho
sendo uma das espécies pelo mundo mais dispersada
mas há quem afirme que na fase adulta vêm desovar
na mesma areia onde deixaram a mãe abandonada.

Sendo pelo cheiro da areia ou pela fase da lua
no papel de mães observam também seus filhotes partir
e só aí sabem que mesmo eles não conhecendo as marés
voltarão sempre ao seu berço sem nada os fazer desistir.

Também o ser humano no papel de filhote
procura um dia ter o seu espaço
e racionalmente deixa a casa dos pais
procurando dar na vida um importante passo.

Não se trata de capricho, é uma vontade.
A única atitude que naquela fase nos faz feliz
e superamos a dor de deixarmos o ninho
em troca da independência que TUDO nos diz.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O segredo da felicidade é saber cair nas tentações

Como em tudo na vida “quem não arrisca, não petisca”
estando o provérbio dependente de grande coragem
quando nas relações emocionais nos entregamos
sem termos noção de qual o destino da viagem.

É preciso estar-se seguro do que se quer,
confiante nunca esquecendo a racionalidade
pois a conquista é uma luta como tantas outras
mas que deve ser travada com intemporalidade.

A felicidade não é um destino. É método de vida,
e é sem dúvida um bem que se multiplica ao ser dividido.
A dificuldade de a alcançar reside no facto
de só a atingirmos quando “fazer feliz alguém” é conseguido.

Sermos felizes pela felicidade dos outros
como se da deles a nossa se alimentasse
é uma plenitude, um querer bem sem medida
sendo impensável que o egoísmo a matasse.

Não nos devemos esquecer de nós próprios,
testando e avaliando directa ou indirectamente reacções.
O que sentimos tem que cantar em uníssono
e ser ouvido e cantarolado pelas multidões.

Ter a capacidade de nos colocarmos de fora
observando e interpretando o que dentro se passa
sendo o grau de envolvimento como uma arma
mas o amor próprio nunca uma possível peça de caça.

Ninguém sabe mais do que ninguém
e a beleza de qualquer ser humano é impar.
Está nas nossas mãos agir com inteligência
aprendendo até com o inimigo para nada falhar.

O segredo da felicidade é saber cair nas tentações
pois mesmo que as temamos nunca nos vão matar.
De qualquer tombo se levanta um ser humano
mesmo aqueles que nascem sem pernas para andar.