sexta-feira, 8 de abril de 2011

Se fosse amor…

Se fosse amor era invisível,
e sentido tão naturalmente.
Leve como uma pena perdida
na brisa que sopra tenuemente.

Se fosse amor era batalhador
venceria fervorosamente a razão,
não teria o peso da incerteza
ou o mal estar da inquietação.

Se fosse amor era transparente,
as palavras fluiriam sem controlo,
o corpo todo tremia como resposta
e na cara permanecia um sorriso tolo.

Se fosse amor não se pensava,
dava-se vida ao subconsciente,
praticavam-se acções impensáveis
e desejava-se estar sempre presente.

Se fosse amor era imbatível.
O sentimento à dúvida venceria,
mesmo não se tendo nada certo
todo o nosso eu se entregaria.

Se fosse amor havia saudade,
que com a ausência enlouquecia
e o desespero tremendo dessa dor
era prova da verdade do que se sentia

Se fosse amor valia a aposta,
sem haver os jogos fatigantes,
que ridicularizam a personalidade
e que são dialecto dos amantes.

Se fosse amor não havia cobardia
mesmo com a possibilidade do sofrer
aquilo que se sentia era tão forte
que só assumindo se saberia viver.

Se fosse amor querias-me tua
como a metade que te completava
e inserir-me-ias na tua vida
no lugar da mulher que te amava.

2 comentários:

  1. Não temos o direito de julgar nenhum sentimento que não seja nosso. Ninguém sabe o que vai dentro do outro. Nunca reduzas nenhum amor que não seja o teu apenas pelas conclusões que tiras.
    Aplicarias de forma tão linear o que acabaste de descrever independentemente do que te rodeia para que o possas exigir?
    Se aqui falares de ti, então não amas. Mas se falares para quem te ama, será concerteza muito revoltante e uma tremenda injustiça!!
    ACS

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  2. Antes demais muito obrigada pelo comentário e por teres lido o que escrevi.
    Não se trata de forma alguma de um "julgamento", não escrevo nada biográfico quando o é dedico-o a alguém e não é mensagem para ninguém.
    Em resposta à tua pergunta aplicaria e aplico o que descrevi independentemente de qualquer coisa basta-me amar.
    Como te é possível com tanta facilidade e certeza afirmares que não amo? acho ridículo mas é a tua opinião e és livre de a exprimir...este blog é o meu "cantinho" um prazer que tenho entre tantos outros, sucintamente faço uso apenas de um direito comum a todos nós: Liberdade de expressão.
    A partir do momento em que o conteúdo de um blog é público e possível de ser comentado dá o direito a qualquer um de manifestar a sua opinião o que muito agradeço e será sempre bem aceite.

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