sábado, 13 de março de 2010

Sol não te vás embora

Não sei como funciona no resto do mundo
mas Português de gema o sol adora
e fica triste e descontente
quando ele se vai embora.

Acordar de manhã ver a sua luz pela janela
é energia sem preço e incomparável.
Mesmo que na ronha apeteça ficar
rasgamos um sorriso interminável.

E os nossos horários mudam sem razão
porque ficar em casa deixa de fazer sentido
enchem-se as esplanadas e os passeios
e vemo-lo quase como um amigo.

Ganhamos uma alegria esfusiante
que estava no nosso interior bem escondida,
pois o sol dá-nos um bom motivo
para queremos aproveitar a vida.

Saímos para a rua e sentimos o seu calor
certas roupas deixam de querer estar no corpo,
e encontra-se o ânimo que parecia perdido
ou que quando cai a chuva parece morto.

Sol não te vás embora…
promete-me que vens para ficar.
A chuva inundou os campos
e tu tens que os secar.

Mas não só aos campos, rios e mares
a chuva entristeceu-nos pela permanência
e tu agora tens de a derrotar
brilhando com muita insistência.

Insistência e persistência
e em nós verás mudança automática,
mesmo longe no alto e sozinho
tornas a vida tão mais simpática.

E o nosso agradecimento transmite-se com sorrisos
mas também com buscas constantes
por um lugar onde seja fácil estar contigo
para sentir na pele os teus raios brilhantes.

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