sábado, 16 de janeiro de 2010

O meu pintas do coração

Vejo-o chegar ao longe
e não tenho dúvida de quem se trata
é o meu pintas do coração
que usa um perfume que mata.

Caminha todo gingão
e chega sempre a sorrir
mesmo sem haver razão
e sempre sem fingir.

Chega tira um cafezinho
e anda sempre a correr
distribui o seu beijinho,
lança charme mesmo sem querer.

É pintas sem ser vulgar
com um enorme coração.
Ninguém o pode julgar
porque nunca nos falhou, pois não?

Vive a vida ao máximo
cometendo asneiras sem idade
mas ninguém o consegue culpar
pois por onde passa deixa saudade.

Confiante, vaidoso e destemido
enfrenta a vida com ambição
e alcança todos os objectivos
pois não anda por cá em vão.

O cabelo esbranquiçado
com a experiência de homem vivido
e também devido ás alhadas
onde se tem metido.

Não faço ideia como faz
mas quero com ele aprender
pois safa-se de todas as asneiras
e consegue fazer esquecer.

Consome-se com pensamentos
e anda sempre preocupado
mas no fundo vive a vida
e por ela é apaixonado.

Apaixonado não só pela vida
tem o vício da mulher
e anda sempre perdido
chegando a um porto qualquer.

E depois lá vêem as histórias
que conta à sua confidente
a mana “caixinha de segredos”
que o defende com unha e dente!

Até aguça a curiosidade
para quem está a ler
de quem falarei eu
no poema que estou a escrever?

Tio Dadinho para mim que sou sobrinha
e irá sempre ser assim
amo-o de coração
e também sei que gosta de mim.

É Cunha e Silva de sangue
e tão apurado que este é
por onde passa é tsunami
e nada fica de pé.

Nem mesmo os mais fortes
lhe conseguem resistir
pois dá a volta à cabeça
de todos só a sorrir.

Conversador, sabido
mas não se pode reter tudo
pois em certos valores
o melhor era ficar mudo.

Tem uma graça e simpatia
que nos fazem apaixonar
e é seguro que jamais
nos irá abandonar.

Às vezes perde o rumo
e temos que ir à sua procura
encontramo-lo já sorridente
depois de pagar uma multa dura.

Isso não é crime é viver
que pena pelo dinheirinho
mas não é meu é do tio
e sabe dar-lhe caminho.

É doido varrido
até na forma de dançar
não há ritmo nem graciosidade
o que importa é balançar.

Quer quantos versos mais?
é que posso continuar a escrever
ia era desvendar segredos
que nem todos podem ler.

Aqui está o seu poema
e não tem que agradecer
eu disse que me saía
assim que começasse a escrever.

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