Do medo nasce a nossa cobardia,
sustentado o primeiro em momentos sofridos
que ignorámos para tentativas de recomeço
mas mais uma vez verificados e vividos.
Não se deixa de sentir mas desistimos
e assumimos a derrota porque tempo não queremos perder
mas a verdade é que vivemos a vida
e nada nem ninguém esse amor nos faz esquecer.
Ele permanece na memória pela intensidade,
porque dessa vez demos mesmo tudo de nós
mas como defesa recordamos os maus momentos
e o tempo em que mesmo acompanhados nos sentimos sós.
Vivemos o melhor do mundo e fomos felizes
mas a mesma pessoa também tanto nos decepcionou.
Conhece-nos é verdade e não temos medo
mas foi um namoro vivido que acabou.
A cobardia no amor é verificada
quando tendo essa pessoa à nossa frente
se comprova o mútuo sentimento
mas o medo impede-nos de viver o que se sente.
Há uma certeza de que não é por ali…
baseada nas falhas e erros do passado
não sei se são suficientes ou não
mas a verdade é que foram razão para ter terminado.
Há “Se’s” que não vale a pena testar na vida
por se desenrolarem num terreno lamacento
que um dia foi verde e florido
mas ficou inundado pelas lágrimas do sofrimento.
E quando um sentimento tão verdadeiro
altera o cenário de uma forma tão inversa,
ouvimos as palavras e recebemos os gestos
mas no julgamento final não passam de conversa.
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