sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sinto-os como meus

Apareceram na minha vida
chegados do “fim do mundo”.
Das viagens trazem-se souvenirs
mas nesta adquiriram amizade com fundo.

Quando os pais chegaram, como sempre…
traziam novidades para contar
e vulgarmente era um filme ou fotos
e não pessoas para apresentar.

Criou curiosidade em mim,
saber quem era tão especial
pois sabia ser difícil surpreendê-los
e conseguiram-no de uma forma tão banal.

Não me recordo quando os conheci
mas há coisas que não têm explicação
e abri-lhes sem qualquer defesa
a porta do meu coração.

Hoje sinto-os como meus
de sangue e não de agora mas desde sempre
e a minha vida tornou-se mais rica
por ter os Tios nela presente.

Preciso dos sorrisos e dos beijinhos,
de os ouvir a contar o dia a dia
e fico sempre tão feliz
quando estou na Vossa companhia.

Não é vulgar sentir cumplicidade
que implique desejo de posse também
mas pelos Tios eu sinto isto
e nunca por mais ninguém.

Todos os segredos desvendo,
a minha vida é livro aberto
que ganha imagens coloridas
sempre que os tenho por perto.

Viro a página e folheio
aquilo que sou eu naturalmente
e assumo que não me entrego
como aos Tios a toda a gente.

São pessoas com valor
de uma beleza incalculável
e só posso amá-los até morrer
sem haver outra variável.

São um tesouro de valores
e de ensinamentos também
e estou eternamente agradecida
por todo o amor que dão à Mãe.

Imprescindíveis e importantes
funcionam como pilar
quando a vida corre bem
ou se está a desmoronar.

Não à forma de agradecer
tudo o que me fizeram de bem,
ofereço aquilo que sou
e a minha amizade também.

Para a Tia Toia e o Tio Quim meus amigos de sempre e para sempre.

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