Apareceram na minha vida
chegados do “fim do mundo”.
Das viagens trazem-se souvenirs
mas nesta adquiriram amizade com fundo.
Quando os pais chegaram, como sempre…
traziam novidades para contar
e vulgarmente era um filme ou fotos
e não pessoas para apresentar.
Criou curiosidade em mim,
saber quem era tão especial
pois sabia ser difícil surpreendê-los
e conseguiram-no de uma forma tão banal.
Não me recordo quando os conheci
mas há coisas que não têm explicação
e abri-lhes sem qualquer defesa
a porta do meu coração.
Hoje sinto-os como meus
de sangue e não de agora mas desde sempre
e a minha vida tornou-se mais rica
por ter os Tios nela presente.
Preciso dos sorrisos e dos beijinhos,
de os ouvir a contar o dia a dia
e fico sempre tão feliz
quando estou na Vossa companhia.
Não é vulgar sentir cumplicidade
que implique desejo de posse também
mas pelos Tios eu sinto isto
e nunca por mais ninguém.
Todos os segredos desvendo,
a minha vida é livro aberto
que ganha imagens coloridas
sempre que os tenho por perto.
Viro a página e folheio
aquilo que sou eu naturalmente
e assumo que não me entrego
como aos Tios a toda a gente.
São pessoas com valor
de uma beleza incalculável
e só posso amá-los até morrer
sem haver outra variável.
São um tesouro de valores
e de ensinamentos também
e estou eternamente agradecida
por todo o amor que dão à Mãe.
Imprescindíveis e importantes
funcionam como pilar
quando a vida corre bem
ou se está a desmoronar.
Não à forma de agradecer
tudo o que me fizeram de bem,
ofereço aquilo que sou
e a minha amizade também.
Para a Tia Toia e o Tio Quim meus amigos de sempre e para sempre.
Sem comentários:
Enviar um comentário