Saudades destas noites quentes
que permitem um mergulho nocturno.
Silêncio quebrado pelo bater da água
e o coaxar de um sapo taciturno.
Sopra uma brisa e afogo os ombros,
o corpo sente-se melhor submerso.
As pequenas liberdades da vida
são o que há de melhor no universo.
Esvoaça uma coruja entre as árvores
procurando ramo para pernoitar,
não sem antes marcar a sua presença
com o seu característico piar.
Mais umas braçadas de exercício
que em sombras tenebrosas se transformam
resultantes do embater dos focos de luz
que à noite a água da piscina amornam.
Com a cabeça apoiada na pedra,
corpo a boiar e braços estendidos
admiro o negro do céu que faz de tecto
nesta noite que me aviva os sentidos.
Depois do relaxamento e meditação,
elevo-me das águas para a cama de madeira
onde me aguarda uma toalha fofa
e uma almofada bem grande na cabeceira.
Cobre-me um cobertor de estrelas
que com suavidade me adormece,
depois da mente estar aquecida
com os sonhos que a imaginação tece.
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