quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dia da Criança

Jorram sorrisos como água,
gritos estridentes de alegria.
Coligações partidárias e adeptas
de viver da vida o dia a dia.

Espíritos selvagens, endiabrados
que cativam pela leveza do pensamento,
assim como nos pasmam e deslumbram
os diálogos partilhados com sentimento.

Pequenos seres humanos puros
da escura poluição da maldade,
demonstrando-se tão destemidos
na divulgação da sua identidade.

Não há defesa nas palavras que dirigem,
nem hesitação na demonstração de carinho,
pois a regra base da sua entrega
sustenta-se no receber de um miminho.

Óptimos Personal Trainers de um adulto
na persistência no desafio para brincar
oferecendo os melhores alongamentos
quando correm para nos abraçar.

Pulam e saltam como se voassem
entretidos sem qualquer materialismo.
Vestem roupas coloridas e práticas
descurando a aparência do consumismo.

Ridicularizam e advertem as pessoas
quando julgam ter algo a dizer,
partilhando opiniões por vezes tão certas
que desarmam quem os tentar repreender.

Dissertam sobre assuntos e problemas
dos quais ouvem falar ao seu redor
e apresentam soluções peremptórias
como se já as tivessem de cor.

Sentem quando disfarçamos um mal-estar
ou quando tentamos esconder uma dor
e procuram incessantemente por um sorriso
oferecendo desmedidamente o seu amor.

Dava tudo para ser capaz de ter no colo
e presentear todos as crianças do mundo
com a mínima condição de felicidade
que é tudo o que elas merecem no fundo.

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