Auge da brutalidade da natureza.
Demonstração de raiva avassaladora,
traduzida pelo som repetitivo dos trovões
numa discussão ensurdecedora.
O que quererão eles dizer-me?
Porque não os consigo compreender?
Expressam-se de uma forma persistente
e fazem-se ouvir sem nunca enfraquecer.
Há quanto tempo estou envolta,
neste cinzento carregado?
Que teima em pintalgar o meu céu
em vez de o deixar esbranquiçado.
Podes insistir em permanecer
que pelo teu fim mais não vou esperar,
pois em vez de te ver como tempestade
vou para a rua com a chuva dançar.
Não temerei mais os teus raios
que serão luzes num palco imenso
e rodopiarei por todo ele
aproveitando o teu vento denso.
Podes ser força da natureza
mas não menosprezes o meu querer
porque eu estarei somente a dançar
e a minha alegria far-te-á desvanecer.
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