segunda-feira, 21 de março de 2011

Quantas vezes serão a “última vez”?

Só podes ter um qualquer mistério…
não te procuro mas mexes comigo.
Há qualquer coisa que me tira do sério,
é um tipo de querer que parece castigo.

Não te recordo com saudade, nem dor.
Guardo-te como uma história do passado,
vivida mas esquecida sem rancor
e não te evito quando estás ao meu lado.

Não houve nunca a conversa de um fim,
e justificamo-lo pela falta de necessidade
deste assunto ser enfrentado por ti e por mim.
A ausência do “erro” não extingue a vontade!

Amanhã ou depois tenho a certeza
que o tempo te vai fazer vir procurar-me
e a esta química com leveza
vou sempre querer entregar-me.

Hoje afirmo que não volta a acontecer,
talvez por inexistência de explicação
para o porquê do meu corpo responder
ao chamamento do teu sem hesitação.

Quantas vezes serão a “última vez”
que sentirei esta sede que não é por água saciada?
Bebo e beberei qualquer gota das tuas mãos
mesmo sabendo que só pode estar envenenada.

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