quinta-feira, 17 de março de 2011

Como um Interruptor

Vivemos na era da superficialidade,
em defesa de um egoísmo atroz.
Tudo tem que ser à nossa maneira
caso contrário optamos por ficar sós.

Exterminámos a espontaneidade,
em detrimento da precaução
e julgamos demonstrar segurança
quando optamos por dizer: Não!

A louca corrida atrás dos impulsos,
foi trocada pela posição altiva e fria.
Autênticos palermas, perdidos...
refugiados numa vida sombria.

Contentamo-nos com o morno,
de tão insípida ser a nossa emoção.
Resguardamo-nos dos sentimentos
que pretendem detonar a razão.

Perseguidos pela insatisfação,
revoltados, exaltados e angustiosos
porque um dia o nosso passado
fez com que sofrêssemos saudosos.

A dor também é um sentimento
e dos mais nobres por sinal
pois só a enfrenta e ultrapassa
um ser humano descomunal.

Queremos e exigimos demais…
Estando nós tão distantes da perfeição.
Espremendo qual o resultado
de ignorarmos o que nos diz o coração?...

Esse interruptor necessariamente ligado
só vai deixar de sentir no momento da partida
e por muito que fujamos querendo desligá-lo,
triunfaremos apenas no desperdício de uma vida.

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