Quando me pediu um poema
fiquei feliz e lisonjeada
porque é importante sentir que gosta
do que escreve a sua afilhada.
Quero que fique lindo sem dúvida
mas tenho que recordar tristeza e agradecer
tudo o que a tia resolveu
quando a doença impediu o pai de viver.
Admiro a sua força para encarar a vida
e que “belos” sustos já apanhou
mas mesmo nervosa e sem saber o que fazer
encheu-se de coragem e tudo enfrentou.
É tão bom contar com a sua amizade
de confidenciar segredos da vida
e rir e ouvir os seus conselhos
quando estive mais perdida.
Loura linda e mulherão
que leva a vida com destreza
mesmo sofrendo com o pior
guarda “aí dentro” e não perde a beleza.
Há momentos que são inesquecíveis
mesmo tendo sido com medo vividos
pois a loucura dos outros
proporcionou-nos episódios divertidos.
Falo dos verões passados no Algarve
com o nosso encartado capitão
que cometia loucuras desmedidas
e ignorava o receio da tripulação.
Recordo outra coisa que adoro Tia Rosarinho
e que não reconheço em mais ninguém igual
a “paparoca” que tão bem confecciona
seja uma “sandocha” ou algo mais formal.
Mulher, Mãe, Tia e quase Avó
confesso que o último título ainda me faz confusão
mas será uma fase nova e linda
que lhe preencherá ainda mais o coração.
Já acabou o tempo de só receber
pois já deixei de ser pequenina há tempo
e por isso para além de sobrinha e afilhada
sou sua amiga em qualquer momento.
Para a minha Tia e Madrinha Rosarinho
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