terça-feira, 19 de junho de 2012

Há um mês que vivo num sonho

Há um mês que vivo num sonho
e tenho que começar por agradecer
porque me ofereces uma felicidade
que jamais pensei ser possível ter.

É difícil escrever sobre o que sinto
sem ter os teus olhos a olharem para mim
por ter uma intensidade que me assusta
mas imagino-me ao teu colo e digo-te assim…

O ser humano nasce com a necessidade
de um dia encontrar uma cara-metade,
um companheiro para partilhar a vida,
alguém por quem valha a dor da saudade.

Passamos por desgostos e decepções,
e chegamos mesmo a deixar de acreditar.
O amor para mim nasceu num acaso
sem que por ele andasse a procurar.

A sua fragilidade ganha raízes
que de reciprocidade se alimentam
e ergue-se apoiado na sinceridade
utilizando-a como pernas que o sustentam.

Desabrocha com o envolvimento de um beijo
que desperta e enlouquece os sentidos
e cresce fértil e implacavelmente virtuoso
fundindo dois corpos despidos.

Rega-o fonte com corrente abundante
pela força de sentimento devastador
mas não sacia a sede galopante
de quem encontra este tipo de amor.

Prematuro em termos de tempo
tendo em conta a normalidade
mas consistente na envolvência
que o distingue da banalidade.

Misto de loucura e querer em demasia
assente na perfeita conjugação de feitios.
Permite olhar para o futuro e imaginar
que serão raros os momentos vazios.

Cenários desde sempre fantasiados
que à nossa frente aparecem por pisar.
Sonhos que se transformam em realidade
quando se sente a lágrima na cara a deslizar.

Consciência de que existirão dificuldades
as quais com harmonia procuraremos resolver,
tendo como regra de que na felicidade do outro
reside a única condição de felizes podermos ser.

Escreverei para ti durante toda a vida!
Acredito no sentimento que contigo descobri,
e dava TUDO para que aqueles a quem amo
pudessem ao menos ter o que até hoje vivi.

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