sexta-feira, 2 de setembro de 2011

À mesa com a hipocrisia

Sobre a toalha de linho bordada
o serviço e os copos de pé alto jaziam,
adornando-os o burburinho das críticas
que com vulgaridade se ouviam.

Cadeiras distanciadas por força não física
resultado da distinta postura e educação
das personalidades presentes no evento
tanto as convidadas como as que não.

Reconhecidos esforços de convivência
dos espíritos mais soltos e divertidos
tendo tido como efeito alguns sorrisos
assim como advertências ditas em rugidos.

O ambiente de "non fare nulla" ajudava
na partilha do espaço sem atropelamentos,
e a falta de paciência da maturidade
levava a ignorar os distanciamentos.

Ninguém consegue agradar a toda a gente
e o espaço de cada um é importante
mas qual a satisfação de sem sequer conhecer
em grupo optar por uma posição distante?

Alguém que é amigo quis apresentar
pessoas que para ele eram especiais,
então como pode não haver o esforço
de somente conviver nada mais?

O absurdo espírito feminino de rejeição
só é aplicado em pessoas de sexo igual
porque havia novidade do sexo oposto
e foi recebida muito bem por sinal.

É óbvio que se acaba por reagrupar
uma minoria que procura diversão,
que está de bem com tudo na vida
e convive com quem procura animação.

Saber viver deveria não ser apenas lema
pois os proveitos em aplicá-lo são variados,
se lhe juntarmos a ausência de confiança
temos seres humanos no mínimo complicados.

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