quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pai

Trazia consigo a personalidade
de um leão que a selva domina
perante qualquer obstáculo,
sem nunca fazer disso espectáculo
sendo a família a sua mina.

Caminhava com passo firme
apoiado na determinação
que desde sempre utilizou
nas personagens que desempenhou
neste palco de actores sem ficção.

Tinha a voz que se fazia ouvir
por expressar a experiência
de quem só de si dependeu
e que tudo sozinho sofreu
para facilitar aos seus a existência.

Fazia presença insubstituível
numa conversa com temas sortidos
pela cultura resultante do interesse
de tudo o que realmente valesse
e lhe despertasse os sentidos.

Sabia o que era ser um Pai
e tinha em si o meu consolo
que mesmo no paraíso de uma ilha
preferia usufruir dele como filha
sem ter que passar por este dolo.

E seguiu deixando as pegadas
daquele que será o meu caminho
para sem hipótese de me perder
reencontrá-lo quando tiver que ser
e nunca mais o deixar sozinho.

AMO-O ETERNAMENTE

2 comentários: