domingo, 29 de agosto de 2010

Férias em Portugal

A fila na A2 em direcção ao Sul
a um carreiro de formigas podia ser comparada.
Aumento o som da música e abro a capota
para o nervoso não me deixar desesperada.

Os telemóveis começam a tocar
pois em tantos carros tinha de haver alguém conhecido
e são amigos que sem termos combinado
partilham o mesmo trânsito comigo.

Desde esse momento fomos anulando
Áreas de serviço por se encontrarem a abarrotar
e optámos por parar em Aljustrel
para sairmos e apenas um beijinho dar.

O clima é único, um calor abrasador
mas o mar que nos espera em nada é refrescante
pois parece caldo verde sem alga a boiar
e encontrar nele um buraco é angustiante.

O pior do nosso Algarve está ainda para vir
basta pensarmos nos serviços que nos são oferecidos.
Se houver mesas disponíveis é para duvidar
pois traduzem-se em inúmeros minutos perdidos.

Entrar num supermercado para comprar o essencial
pode tirar-nos a fome durante o tempo de estadia
pois a fila das caixas é de enlouquecer
e exposto nos lineares só mesmo o que não é do dia.

Para não falar em cenas ridículas que presenciei
como a luta animalesca para garantir na fila o lugar
ou então a correria para os carrinhos e cestos
que supostamente deveriam lá estar.

Adorava estar a mentir ou a exagerar
mas foi uma realidade por mim sentida.
O que dirão os turistas que tanta falta nos fazem…
Sorte é gostarem e não se porem de partida.

Eu vou preparada e sem exigência alguma.
No Algarve procuro apenas o sol para me bronzear
mas mesmo este em dois dias falhou
e o tempo estava enevoado e a chuviscar.

O que vale é a amiga melanina
que sedenta está de qualquer raio solar
e fico com a cor desejada em dois dias
mas é fácil para mim que não demoro a bronzear.

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