Adoro o teu porte físico:
elegante e bem parecido,
assim como o ar selvagem
a cavalgar num prado esquecido.
Prado que dominas e geres
parecendo Rei na sua fortaleza
e carregas no corpo o peso
do prazer de viver na surpresa.
Admiro de longe mas não esqueço
o cheiro do teu pelo suado
que guardo como recordação nítida
como o melhor beijo que me foi dado.
Teus olhos expressivos e meigos
contrariam o que pretendes transmitir.
São uma beleza muito tua que a quem te olha
dizem o que estás a sentir.
Selvagem é a tua natureza
sendo ambição de muitos domar-te
mas essa sorte só reservas
a quem consegue hipnotizar-te.
E então monto no teu dorso
nu sem o querer selar
e as rédeas são as tuas crinas
que aperto nas mãos sem recear.
Não receio para onde me levas
nem sequer quero saber o caminho
pois transmites a segurança necessária
para te saborear como a um bom vinho.
Embriagada ponho os pés no chão
depois de um prazer desmedido
e que não me canso de o procurar
pois só o sinto quando estou contigo.
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