quinta-feira, 10 de maio de 2012

Olá Afonsinho bem-vindo ao mundo!

Nunca mais vou esquecer a primeira imagem
que guardo da tua carinha inocente,
depois de uma luta interminável
para seres da vida sobrevivente.

Como tiveram coragem para me dizer
que não te poderia tocar?
Aguentei mas aproximei-me bem perto
para sentir o teu respirar.

Um dia mais tarde vais ler
as palavras que te dedico com admiração
porque vencerás esta fase bebé
na qual lutas pela vida com determinação.

Não imaginas o quanto sonhei
ter-te nos meus braços para te amar
e mesmo conhecendo-te há poucas horas
é um amor que cresce sem parar.

Ainda não senti o toque da tua pele
nem sequer o teu cheirinho,
mas mesmo através da incubadora
observo-te e dói-me ver-te lá sozinho.

É tão estranho ainda não me teres dado nada
nem mesmo um berro a chorar
e mesmo assim teres conseguido
um lugar no meu coração conquistar.

Acordo e sinto a tua falta
como se a necessidade fosse o meu despertador
e ao deitar-me arranjo espaço
para guardar mais um bocadinho de amor.

Cada dia é uma etapa
que se vive intensamente
e acredita bebé desde o primeiro dia
que estás rodeado por toda a tua gente.

Hoje bebeste o primeiro biberão
e não bolçaste como ontem aconteceu
pode ser pouco mas é sem dúvida
mais uma fase que se venceu.

Quando me apertarás o polegar?
que preenche toda a tua mãozinha ,
ou quando poderei mudar-te
a minha primeira fraldinha?

Não estou triste meu amor…
lembro-me de ti e sorrio
porque estás vivo e entre nós
e não nos deixaste um vazio.

Tinha ansiedade de te escrever
as palavras que há três dias não te digo
e o quanto a minha vida ficou mais feliz
desde que a partilho contigo.

Quem nasce a sofrer forte se torna para viver!

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