segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Fiança paga com amor

Alvo da crítica eterna
consequência de amor exagerado
que num amor alicerçado
a fez ser mãe e tão terna.

É fácil julgar uma atitude
que desrespeita a vontade
de dois seres que sem maldade
se envolveram em plenitude.

O difícil está em avaliar,
entender o “porquê”, a razão,
o que desde sempre sentiu o coração
para a convencer a errar.

Hoje entendo e sem revolta
procurei a pessoa conhecer
para a inquietação esclarecer
e na dúvida deixar de estar envolta.

O amor tem força de arma
e todos vivemos com o objectivo:
- ser feliz por qualquer motivo
sendo a solidão o nosso carma.

Não exige premir um gatilho,
come-nos por dentro até à alma
extinguindo a racionalidade e a calma
que é precisa para ter um filho.

Mas depois de o ter nos braços
pode ser ignorada,
pela sociedade rejeitada
que nunca lhe roubarão os abraços.

Tendo como dívida o sofrimento
de nunca ter o todo que ambicionou
e que por toda a vida lutou
mesmo a dormir em pensamento.

Julgada e considerada culpada,
a fiança foi paga com amor
que dá com vontade e fervor
nunca sendo uma mulher amada.

Amada, oficialmente e assumido
porque esse amor nunca a deixou
e ao seu lado sempre ficou
tendo o seu troféu conseguido.

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